"Há muitas vezes sentidos obscuros
naquilo que parece uma frase iluminada"
Sérgio Godinho
Quase que tinha jurado a mim próprio
de que não voltaria a comentar observações, publicações ou outras insinuações
vindas de pessoas que vivem várias realidades paralelas. Ainda bem que não o
fiz, talvez.
A realidade
virtual é sem dúvida aquela que me deixou muitas vezes, mas mesmo muitas vezes,
de cara ao lado ( tipo, ‘coitado sofreu uma trombose’).
Primeiro, porque descobri de que era o único ‘iletrado’ no meio (Internet), o que não me magoou muito devido a já vir habituado doutra cena, a real. Segundo, existe muito mais gente nos megabytes do que no planeta onde somos sete mil milhões, pelo simples facto de que cada utilizador chega a ter sete, oito personalidades (qual delas a mais maquiavélica) e até mais, moldando o seu perfil de acordo com o que pretende ‘engatar’ ou 'engajar' do outro lado da rede interplanetária. Terceiro, que a maioria dessa gente, como se não lhes bastasse enganarem-se a eles próprios (e serem motivo de chacota entre os mais esclarecidos) tentam enganar todo o mundo como se tudo à sua volta rodá-se em torno de si (eu sou o centro, e os idiotas dançam para mim) contando apenas com a esperteza própria a tal dita ‘saloia’. Quarto, de que para subirem o seu ‘EGO’, não olham a meios (a maioria idiotas), para sobressair neste mundo de hipócritas, magoando na maioria das vezes os que lhes estão mais perto (em todos os sentidos). Poderia continuar destacando pontos, de acordo com a visão que tenho do mundo mas isso seria descer ao estado de julgador, coisa que se tornaria fastidiosa para esta crónica (embora as minhas críticas de análise e construção tenham sido sistematicamente consideradas baforadas de escárnio e maldizer). Como há muito reparei que a vida é um verdadeiro labirinto, onde me perdi. Como há muito reparei que o tabuleiro onde me coloquei foi o de xadrez e como reles peão sofri um xeque-mate. Como há muito reparei que caindo num abismo, porque simplesmente pensava que podia voar e arrastando nessa queda pessoas que eu ‘pensava’ que amava (eu pensava e penso, embora me alertem constantemente que minhas iniciativas serviram para ‘despedaçar’ ‘gente de bem’). Por tudo isto e por tudo o que um homem tem de ouvir, porque falhou (e acreditem um homem ouve cada merda quando erra). Deixo um apelo:
Sou um homem derrotado. Sou um
homem cansado. Sou um homem que por agora não quer reagir (embora desconheça se
alguma vez o farei).
Factos que só por si não dão o direito de
alguém, quem quer que seja, me continuar julgando porque não posso ser julgado
pelo mesmo ‘crime’ duas (ou mais) vezes. Porque já fui condenado e só desejo
cumprir minha pena com a tranquilidade que todos os seres precisam para ‘expurgarem’
seus pecados. Aqueles que de alguma forma ainda permitem que eu respire um ‘ar’
menos rarefeito através da compaixão e da caridade, sou eternamente grato.
P.S.- Quando escrevi este desabafo, o
impulso de tal iniciativa prendeu-se com o facto de ter sido atingido em mais
uma orgia intelectual e de demonstração de poder por parte de quem há muito se habituou
a tais devaneios. Alguém de que me lembro (Oh! Como poderia esquecer), mas de
cuja acção, sinceramente nada me ocorre. Também não retenho em minha mente
porque a guardei e não a publiquei de imediato. Como sou detentor de várias títulos pré-académicos, adiciono mais um para justificar a publicação da crónica em epígrafe
só agora.
-“Ganda* Maluco”
* Grande
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